FIM DO CAMINHO
Caminhos incertos,
caminhos desertos.
Ruas sem saída
Alamedas, avenidas
Becos escuros
Vias ladeadas de muros
Estradas de terra
Onde a vida se encerra
Num mísero segundo
Num vacilo, derradeiro
Vai-se o homem. fica o mundo
Nesse caminho verdadeiro
Só existe uma certeza
Nada pode mudar nossa sorte
Pois quando chega a morte
Trilhamos descalços sobre a tristeza
Nessa via de mão única
A vida efêmera é passageira
Vestida com sua alva túnica
Acelera contra a luz lúdica
E apaga-se como fogo de lareira.