O SILÊNCIO DIZ TANTO

Meu Presente se abre em silêncio

de pretéritos irresgatáveis.

A vida superposta em camadas,

recheada de sonhos desfeitos,

com seus encantos e desencantos,

entre as alegrias e tristezas.

Quando maceradas se fundem

num riso triste ( transparências? )

Cada despedida - uma ferida...

olhar resignado - farpas n` alma...

Sob a força de uma dor oculta,

quando nem a lua é testemunha,

enquanto o silêncio diz tanto,

com seus gestos lentos, sem vigor,

( instigante ), abre a janela d`alma.

Sem as rimas rígidas nos versos,

um poema brilha na vidraça

escorre com suavidade

igual a um orvalho matizado.