DE CARTAS ARRUINADAS
Fere o peito meu esta saudade
Perdido no breu desta cidade
Onde minha luz desvaneceu
Por onde fora oh mocidade
Roubada com perversidade
Desta alma de Romeu.
Agora que rompeu o silêncio divino
Daquilo que não fez sentido
Eu digo adeus
Paisagens silenciosas
Na longa curva em que avisto
Meus passos sem os seus
Acenado-me com teus braços estendidos
Dentro de mim apenas finjia nem ter percebido,
Que o louco que ia embora era eu.
Olhos de pôr do Sol
Desejo latente
O cheiro de mato desta estrada
É selvagem e sereno
Como os teus.