DE CARTAS ARRUINADAS

Fere o peito meu esta saudade

Perdido no breu desta cidade

Onde minha luz desvaneceu

Por onde fora oh mocidade

Roubada com perversidade

Desta alma de Romeu.

Agora que rompeu o silêncio divino

Daquilo que não fez sentido

Eu digo adeus

Paisagens silenciosas

Na longa curva em que avisto

Meus passos sem os seus

Acenado-me com teus braços estendidos

Dentro de mim apenas finjia nem ter percebido,

Que o louco que ia embora era eu.

Olhos de pôr do Sol

Desejo latente

O cheiro de mato desta estrada

É selvagem e sereno

Como os teus.

isaac santiago
Enviado por isaac santiago em 11/02/2021
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