Lágrimas que um dia não deixei cair

Lágrimas,

Salgadas, um dia as deixei cair,

Lástimas

Onde agora devo ir?

Procuro um abrigo,

Em meu chamado silencioso,

Quero um amigo

Neste lado da existência tão ardiloso.

Será que um dia não dei vazão ao sofrimento,

Que neguei a fraqueza em questão,

Foi um tolo neste momento?

Cabe a quem segurar mão meu coração?

A vida tem sua dualidade:

– O bem propagado –

A realidade

O mal espreita como um aliado.

Findáveis,

São os instantes de alegria,

Escapáveis

São os presságios que impõem sua rebeldia.