DE VAZIO EXISTENCIAL

De vazio existencial

Ante a verdade estremeço

A dor é aquilo que fiz de mim

Não faço por merecê-la

Mas não sei parar de sentir.

Escondido de mim sobrevivo

Em dias de treva amanheço

O peito entristecido diz, não vai

Não tenho escolha preciso me violentar

Violento-me hoje, lembro esqueço

Paira no ar como se fosse ontem

Tantas memórias passadas

E assim sou senhor do tempo.

Vivo o hoje, vivendo o ontem e o amanhã

Ouço o som dos meus passos

As batidas do meu coração

Os gritos da alma, ouço também suas risadas.

Porque há momentos que encontro paz

Em que eu creio mais que canto mais

Mistura excêntrica que eu sou

Excentricidade, particularidade desta dor.

Porque é minuciosa e detalhista

Nunca esquece o sorriso alquimista

Avantajado, o risada que era a frequência

Que acalmava o espírito deste ser.

Sem ti eu tudo posso fazer,

Mas é tudo sobre você

É para você e você o sabes

Não tenho grades, tenho querer.

Querer desmedido que não faz sentido

Que nunca irão entender

Despretensiosos, imprescindível

Ouça-me não sei como dizer.

Só sei como sentir

Não nego, não disfarço

Contrário a normalidade

Os loucos desta cidade irão me entender.