Carimbamba
No alvoredo negro uma luz cintilando
puntiforme como uma estípula feita Fulô
Vem do Sul exibindo-se e rasando
- mistério encarnado traz no-lo
pelos montes e planícies do Agreste Velho.
Tal como uma bailarina,
que a todo canto ia,
ela seu corpo mostrava.
Quando ela vinha e se punha,
constrangida entre as nuvens,
e a lua surgia
preocupada e senhoria.
- Ah, aquele foco no horizonte!
- Ah, aquele sonho de anteontem!
No vazio do mato baixo e queimado,
volta rasando com seus olhos de Gavião,
retorna noturna como Curiango,
mas é a Carimbamba, rainha da noite,
ave solitária e noturna.