se for Zebenda, 
mande entrar; 
lá fora tá 
frio, 
de arredar ! 


mas, 
lá no sereno, 
ela passeia, 
flutua 
entre flores 
marejadas 
por folículos 
d´água. 


mas se for 
Zebenda 
manda entrar. 


sei que é difícil, 
sei, por 
princípio, 
que o amor 
vem duas vezes: 
na primeira você 
não percebe, 
na segunda você percebe, 
mas ele já se foi. 


mas se for Zebenda manda entrar, 
e deixe a plebe falar, 
pois de minha cadeira 
vejo o jardim, 
mas de Zebenda não vejo mais, 
nem sombras e lembranças: 


isso tudo 
dói, minha faceira ! 


sem mais Zebenda 
o mundo fica esquisito: 
igual lenha arquejada 
e molhada, 
que já não faz mais 
fogueira. 

ah! 
se Zebenda 
chegar, 
manda entrar, 
pois estou de 
olheiras 
por esperar ! 


 
José Kappel
Enviado por José Kappel em 10/03/2020
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