Máquina sou eu
Minha cabeça é uma fábrica poluente
Que produz o que se é necessário para viver
Da carne ao texto
Do carro a arma
Uma revolução industrial
Movida a oxigênio e neurônios
Comida é madeira
Água é lubrificante
Um sistema complexo
Metade artificial
Aparência natural
Um ciborgue matriz
Tensões eletrochoque
Se o fusível queima
Metade para
Rotina eterna
Motriz cor de sangue
Uma inteligência artificial
Criado por humanos
Por isso não se encaixa
Solidão de máquina
Esperando um clone
Mais um ser sem alma.