Máquina sou eu

Minha cabeça é uma fábrica poluente

Que produz o que se é necessário para viver

Da carne ao texto

Do carro a arma

Uma revolução industrial

Movida a oxigênio e neurônios

Comida é madeira

Água é lubrificante

Um sistema complexo

Metade artificial

Aparência natural

Um ciborgue matriz

Tensões eletrochoque

Se o fusível queima

Metade para

Rotina eterna

Motriz cor de sangue

Uma inteligência artificial

Criado por humanos

Por isso não se encaixa

Solidão de máquina

Esperando um clone

Mais um ser sem alma.

Querubim Ameno
Enviado por Querubim Ameno em 06/01/2020
Código do texto: T6835865
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