''UM POEMA DE VITROLA''

Como os vinis

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Os livros estão ficando na estante

Como os mortos

Nossas almas se foram...

Pedaços de carne

Carne ambulante

Somos umas sombras

Ancestrais

De um vazio semelhante

Uns zumbis conectados

Robôs

Nem humanos

Nem mulheres, nem homens

Insanos como a própria adrenalina

Estamos ficando tão corajosos

Que preferimos

Momentos

Na famosa internet

Do que com a importante família

O abismo tecnológico está nos fazendo subir, subir e subir

Mas quase ninguém se segura direito

90% é propício a cair

A queda é grande

Como o vinil na estante

Empoeirada está

A beleza única de "antigamente"…

Poeta Vinicius Teodoro
Enviado por Poeta Vinicius Teodoro em 28/11/2019
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