Nos aneis de Saturno

Te traço num encontro, outra face que é minha.

Sem ter as respostas para curvas ou linhas, é sigo sabendo de mim, nas perguntas que calo.

Entendo, me perco, respondo é te traço, enquanto me calo, te prendo é me rasgo, é sigo sabendo de mim, pelas coisas que eu faço.

É rasgo os tecidos que lavam meus sonhos, eu ando enxergando por trás dos meus olhos, é sigo sabendo de mim pelas sombras em que piso.

Quando eu não falo, é aí que me entende, se tenta me soltar, é aí que me prende, é sigo sabendo de mim, pelas coisas que nunca foram minhas.

Soneto de Saturno
Enviado por Soneto de Saturno em 08/11/2019
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