A ESPERA
Eu andei... Andei... E andei... E, encontrei um lugar bonito e tranqüilo, pra construir meu rancho!...
Bandos de Surucacas em revoadas ao fim da tarde, me deram as boas vindas!...
Os Maricás floridos, enfeitavam a beira do rio, no fundo do quintal!...
Ao redor da cerca, centenas de girassóis perfilados, curvados em um único gesto, como à me dizer; Seja feliz, irmão!...
Até as estrelas cintilantes que antes reinavam em todo o céu, agora deram lugar à lua, ainda quase cheia, que se pendurava mais perto, pra aumentar o clarão!...
Dentro do rancho, os pelegos atapetavam o chão de toda a sala!...
E no fogão à lenha, já cozinhava uns “quitutes” para a grande noite!...
Sobre a mesa do lado, um vinho “reservado”, aguardava pacientemente pra ser aberto.
Tudo perfeito!...
Mas no peito, palpitava ansioso, um coração agitado, como se adivinhasse que, milagres não existem!...
O cenário estava quase completo!...
A hora combinada se aproximava!...
E chegou a hora... E passou a hora... E passou mais uma hora... E outra e mais outra...
E a prenda não veio!...