A ESPERA

Eu andei... Andei... E andei... E, encontrei um lugar bonito e tranqüilo, pra construir meu rancho!...

Bandos de Surucacas em revoadas ao fim da tarde, me deram as boas vindas!...

Os Maricás floridos, enfeitavam a beira do rio, no fundo do quintal!...

Ao redor da cerca, centenas de girassóis perfilados, curvados em um único gesto, como à me dizer; Seja feliz, irmão!...

Até as estrelas cintilantes que antes reinavam em todo o céu, agora deram lugar à lua, ainda quase cheia, que se pendurava mais perto, pra aumentar o clarão!...

Dentro do rancho, os pelegos atapetavam o chão de toda a sala!...

E no fogão à lenha, já cozinhava uns “quitutes” para a grande noite!...

Sobre a mesa do lado, um vinho “reservado”, aguardava pacientemente pra ser aberto.

Tudo perfeito!...

Mas no peito, palpitava ansioso, um coração agitado, como se adivinhasse que, milagres não existem!...

O cenário estava quase completo!...

A hora combinada se aproximava!...

E chegou a hora... E passou a hora... E passou mais uma hora... E outra e mais outra...

E a prenda não veio!...

NORBERTO CASTRO
Enviado por NORBERTO CASTRO em 23/10/2019
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