Terra Nai do Adeus (Galicia)

Terra verde molhada,

amada terra, de campos floridos

com mimosas invasoras.

Ramas espinhosas, amarelas,

sol da terra que me fez renascer.

Cor do meu coração,

que sangra sangue amarelo,

correndo em tuas aldeias,

sangrando saudade.

Chorando tuas castanhas,

escorrendo cerejas,

no teu profundo azul-mar.

Poemas para quê?

Se tenho em mim todos os teus sabores,

todos os teus gostos guardados na memória.

Enquanto meus olhos rimam com tuas belezas,

teu mar salga as águas que banham esse olhar.

Poemas para quê?

Se carrego-te na história,

música em meus ouvidos,

és terra que me cultivas,

eterno, último poema.

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Terra verde mollada,

querida terra de campos floridos

con mimosas invasoras.

Ramas espinosas e amarelas,

sol da terra que me fixo renacer.

Cor do meu corazón,

que sangra sangue amarelo,

correndo nas túas aldeas,

morriña sangrante.

Chorando as túas castañas,

cereixas pingando,

no teu mar azul profundo.

Poemas para que?

Se teño todos os teus sabores en min,

todos os teus gustos gardados na memoria.

Mentres os meus ollos riman coas túas belezas,

o teu mar salga as augas que bañan esa mirada.

Poemas para que?

Se te levo na historia,

música nos meus oídos,

ti es a terra que me cultiva,

eterno, último poema.