ERRANTE

sonho

tornei-me assim devaneador

quando o anseio, enfadonho

despiram as quimeras em dor

de mim então fracassei

me achei e me perdi

nesta vontade, chorei!

ficou a frustração comigo

criou raiz na imaginação

tal um áspero castigo

indignação...

os olhos de tristura

choviam pela emoção

escoando amargura

sou tal qual um incessante

enxurro, transbordo, derramo

teimosia, um pescador andante

sangro, e no amor me esparramo

(nesta turra, errante!)

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

19/09/2017 - Araguari, Triângulo Mineiro

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/09/2019
Reeditado em 30/10/2019
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