POESIA

(Socrates Di Lima)

Nesta vida de nada esqueco,

Nem mesmo das minhas dores,

E certo que por isto mereco,

Deixar ir embora, os meus amores.

De tanta que fora a minha vivencia,

Alguma coisa por certo aprendi,

Deixei de lado certa inocencia,

E meus erros por certo, corrigi.

E assim, me entreguei aos pensamentos,

Deixando a poesia de lado,

Náo queria macular os meus tormentos,

E nem ser um poeta rotulado.

Mas hoje eu resovi levantar...

Os olhos para dentro de mim...

Vi que ainda tem olhos a me inspirar,

E que estar sozinho näo é o fim.

E se optei por assim o ser...

Clausurar-me no meu proprio calabouco,

E do meu passado esquecer

Na mala do meu Eu, moco.

Náo lamento o estar só...

Nem me sinto em inquieta solidáo,

Hoje, desfaco certo nó,

Que prendia la no fundo, meu coracäo.

Levanto-me como um facho de luz,

Como quem se submerge em águas turvas,

Vejo que a poesia, ainda me seduz,

Como um banho nu, sob torrentes chuvas.

Ela em si, é um elo intrigante,

Que náo me deixa se perder na nostalgia...

Sei que tenho um coracäo de amante,

E corre nele, o sangue velho da poesia.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 20/06/2017
Código do texto: T6032682
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