Decifra-me ou te devoro

Quem tapou o viaduto das poesias

No pique esconde de si mesmo

Onde o espírito vaga pelado

Fadado ao livre destino da pura expressão

Como piscina de bolinhas em dias sem " Feiras"....

Vade Retro existência matemática

Encerrada no cafofo minúsculo do cotidiano

Deixa pulsar o silêncio dos sorrisos amarelos

Apenas deixa que eu me achegue a Vós sem ombros

Rejeita, espreme, despedaça...

Estupra a vida até o bagaço cansado das laranjas

Mas deixa uma semente

Apenas para que tudo retorne a si.

No infinito desejo nas favelas do finito

Navega aos quatro ventos Dom Quixote cantador

Atenta bem mineiro que perturbes o Universo.

Sim! Não esqueças que do pó de teu ventre nascem crianças...

E repousam páginas escritas...

Num pequeno vai e vem batizado existir

Heitor Sanglard
Enviado por Heitor Sanglard em 05/06/2017
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