Ponto de Luz

Até lá, instável e em queda...

A listar o ilustre da língua,

num afluente intrépido de loucura e receios.

Pois é... Se vês então que é chegada a hora,

escorrerá em meu peito um amargo delito.

Tocará os telhados e o leito dos rios.

Logo, cedo, lembrarás da pressa daquelas horas.

Destes arrepios sem preço, furor e apego,

candeia leve a adornar esta débil visão...

Até, resta pouco, paro, meço a queda!

Contamos as pedras e os desvios,

entre tantas chegadas um espinho,

um vazio, outras linhas e um ponto!

Mas, esta árvore, essa garoa, este campo!

Só deixam os olhos entumecidos.

Buendia
Enviado por Buendia em 03/11/2016
Código do texto: T5811811
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