Vida simples

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Vida simples

Longe do concreto,

tenho sonhos reais.

De concreto,

a janela onde sentei.

Paredes rústicas;

alpargatas singelas...

O sorriso do menino,

que nunca deixei de ser,

respinga na tela.

Foi da janela,

sentado e sem pressa,

que recordei segredos

deixados nas paredes

da casa dos meus avós.

Pulei.

Saí correndo.

Esbarrei no asfalto da rua...

E descobri que para ser feliz,

sem resquícios da cidade,

devemos arrancar,

das paredes,

os rebocos que nos aprisionam,

escondidos no outro lado da rua...

Onde os carros não transitam;

as ganâncias não imperam...

E a vida flui, leve,

qual meu sorriso de criança

sorriso que,

felizmente,

nunca perdi.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 23 de maio de 2015.

19h09min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 25/05/2015
Reeditado em 25/05/2015
Código do texto: T5254930
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