Varanda
Sai pra sacada dos meus olhos
Uma varanda impetuosa e rústica
Dava a ilusão da ótica sublime...
Da montanha nazalina, vento suave
Que, intermitentemente soava;
Mais abaixo, a boca, não a da noite,
Contava as mais ricas histórias.
Beijos, namorados, cheiros e sabores,
Tudo era de gosto sem fim.
Na encosta da colina humana,
Era todo ouvidos; fadas, gnomos,
Druídas e sacis; e dançavam em volta...
Quando lembrei-me de mim mesmo
E olhei para trás, era eu na íris calma,
Sonambulando as maravilhas da poesia;
Descobri que, para os olhos da alma
Não há noite que resista a um dia branco
De bons pensamentos...