Varanda

Sai pra sacada dos meus olhos

Uma varanda impetuosa e rústica

Dava a ilusão da ótica sublime...

Da montanha nazalina, vento suave

Que, intermitentemente soava;

Mais abaixo, a boca, não a da noite,

Contava as mais ricas histórias.

Beijos, namorados, cheiros e sabores,

Tudo era de gosto sem fim.

Na encosta da colina humana,

Era todo ouvidos; fadas, gnomos,

Druídas e sacis; e dançavam em volta...

Quando lembrei-me de mim mesmo

E olhei para trás, era eu na íris calma,

Sonambulando as maravilhas da poesia;

Descobri que, para os olhos da alma

Não há noite que resista a um dia branco

De bons pensamentos...

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 14/02/2015
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