Cada um tem o governo que merece.
Canga no ombro,
Cabisbaixos, visivelmente abatidos.
Automutilados pela burrice
Pelo egoísmo.Subservientes.
Curvados pelo peso nos ombros.
Pela fome e pelo descaso
Seguem, seguem...
Pelo caminho catam migalhas
Caminham... Caminham...
Numa marcha lenta e triste
Guiados pelo cabresto
Pagando a farra que seus algozes
Vilmente desfrutam.
Enquanto gargalhadeiam...
De nossos narizes de palhaços.
Marilda Corrêa
27/10/2014