Aquele lugar...

Vi de longe no meio do terreiro, umas crianças a brincar!

Gente pobre, gente humilde se escondia lá!

Comem baje de feijão como lanche,

Do milho verde que está a seu alcance,

Transformam em bonecas,

Pobres meninas sapecas!

Com cabelos embaraçados ao vento,

Brincam dentro do seu casebre marrento,

A noite, a luz do cadieiro alumia o terreiro,

E a matriarca Mãe Nana, põe-se anedotas a contar!

Seu Tio Zé cansado, da lida do roçado,

Dia-após-dia a lavourar!

Escuta atento, com a fumaça do cachimbo ao vento,

Acendendo uma brasa, em frente aquela pobre casa a prosear!

O fogo, a lenha esquenta,

E o sono aumenta, e a hora de dormir vai chegar!

Os sapos coaxando, os grilhos cantando,

Os vaga-lumes a passar!

Vida simples, gente humilde mora naquele lugar!

Feijão, arroz, milho, tudo pode faltar!

Mas nunca a solidariedade,

De quem há de precisar!

Pois há um enorme coração,

Que até hoje se esconde naquele lugar!

Homenagem a minha família(Tio segundo e bisavó q criaram a minha mãe)do interior da Paraíba( MassanganaPb).

PARAYBANA
Enviado por PARAYBANA em 12/10/2014
Reeditado em 12/10/2014
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