Aquele lugar...
Vi de longe no meio do terreiro, umas crianças a brincar!
Gente pobre, gente humilde se escondia lá!
Comem baje de feijão como lanche,
Do milho verde que está a seu alcance,
Transformam em bonecas,
Pobres meninas sapecas!
Com cabelos embaraçados ao vento,
Brincam dentro do seu casebre marrento,
A noite, a luz do cadieiro alumia o terreiro,
E a matriarca Mãe Nana, põe-se anedotas a contar!
Seu Tio Zé cansado, da lida do roçado,
Dia-após-dia a lavourar!
Escuta atento, com a fumaça do cachimbo ao vento,
Acendendo uma brasa, em frente aquela pobre casa a prosear!
O fogo, a lenha esquenta,
E o sono aumenta, e a hora de dormir vai chegar!
Os sapos coaxando, os grilhos cantando,
Os vaga-lumes a passar!
Vida simples, gente humilde mora naquele lugar!
Feijão, arroz, milho, tudo pode faltar!
Mas nunca a solidariedade,
De quem há de precisar!
Pois há um enorme coração,
Que até hoje se esconde naquele lugar!
Homenagem a minha família(Tio segundo e bisavó q criaram a minha mãe)do interior da Paraíba( MassanganaPb).