Uma rosa...
Foi, um dia, uma rosa...
Escrita suavemente, em verso e prosa
Era de um vermelho inocente
Era de um perfume transparente
Seus espinhos feriam com amor somente
Foi, um dia, despedaçada
Suas pétalas, ao vento, jogadas
Sem misericórdia!
Levaram sua inocência
Deixaram dor e ausência
Levaram sua transparência
Deixaram só a tristeza da escuridão
Dos seus versos, ficou um borrão
E sua prosa, calou-se, então...
Restaram-lhe seus espinhos
Feridos pelo amor, a chorar sozinhos...
Poderia o vento suas pétalas devolver
Poderia uma rosa voltar a ser
Seu perfume exalar mais uma vez
Seu carmim iluminar o canteiro outra vez...
Ou estariam os espinhos condenados
A chorar pelas pétalas perdidas
E a esperar pelo encontro
do outro lado da vida...
03/03/2014
“Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!”
Machado de Assis