Vidraçaria
Teus velhos vasos sanguíneos
Vasam sangue pela pele
Translúcida; envidraçada..... de areia fina
Refinada nas peneiras mais entremeadas
E derretida nas caldeiras do inferno
Até virar o vidro cristalino,
No qual a tua forma graciosa
Foi esculpida por um anjo
E encarnada com um sopro de Deus
Teus olhos encilhados em mim!
As mãos quase invisíveis, enluvadas de éter
Tocam minh’alma
Ah! O erotismo da metafísica
O orgasmo infinito da eternidade
Derreta todo meu barro
E me faça de novo
Com um sopro divino.