ASSIM É AVIDA
(Sócrates Di Lima)
Todos têm seus amores,
Todos tivemos nossas dores,
Todos tivemos pudores,
Tantos sonhamos em tantas cores.
Sempre queremos chegar cedo,
Às vezes tarde demais,
Cada um tem o seu medo,
Tantos sonhos nunca iguais.
Tanto vivemos nossas vidas,
Em função de tantos desejos,
Tanto deixamos de sermos corridas,
Nas corridas dos nossos cortejos.
Tanto corremos que nunca chegamos,
Ao final dos sonhos que queremos,
Mas chegamos aonde pudemos,
Nos obstáculos que na vida deparamos.
Jamais esqueço os meus sonhos,
Que na vida os vivi,
Sonhos belos e medonhos,
que me fizeram aprender o que aprendi.
Tantos foram os tantos anos...
Sonhados ao longo de tantas vidas,
E se a realidade decifram os enganos,
A experiência mostra as chegadas e partidas...
Todos tivemos os nossos amores,
Todos queremos continuar amando,
Os amores me ensinaram seus valores,
por caminhar nos caminhos que vamos cruzando.
E se eu cruzei o tanos caminhos,
Não importa se foi cedo ou tarde,
Não importa, há sempre ninhos e passarinhos,
Onde pousamos e depois choramos em saudade.
Somos águias em nós mesmos, a vida disso é prova,
Mesmo que não seguimos aceitando...
A águia carrega o tempo e no tempo se renova,
Por isto no amor, morremos acreditando.
Mas, por todos os ninhos que passamos amando,
O passado engole como um abrir de fenda na terra,
E haverá sempre um ninho em algum lugar me esperando,
Antes que o amor em mim, a vida, a morte encerra.