REDONDEZAS
Nem sempre vamos aos locais onde o nome nos chama.
Locais distantes de trilhas apenas,
Ou uma roda atolada na lama,
Uma urutu entre o capim e os marmelos.
Tigongo, Catete, Caveira
Ainda hoje eles lá estão
Caminho Novo,
Olaria, Cachoeirinha
Sequer cidades, sequer vilas
Um barranco, uma capela, uma casa
Livramento, Caxambu de Cima,
Caxambu de Baixo, Água Doce.
O chamado persiste como as chuvas
Para que na primavera de sol
O passeio seja de domingo.
Cruzeiro, Curtume, Buracão.
Uma tropa de mulas, uma pinguela
Uma mata densa, teias de aranha,
uma cachoeira, uma escola.
Quem de lá vinha usava embornal,
Sapato de borracha se não podiam
Andar de pés descalços.
Mas a mente vai pelo vácuo, viaja pelo etéreo,
Descalça os caminhos.
No Complexo, Nos Freitas...
Uma fábrica de queijos, um carro-de-boi, um boi..
Mato Grosso, Sericícola.