REDONDEZAS

Nem sempre vamos aos locais onde o nome nos chama.

Locais distantes de trilhas apenas,

Ou uma roda atolada na lama,

Uma urutu entre o capim e os marmelos.

Tigongo, Catete, Caveira

Ainda hoje eles lá estão

Caminho Novo,

Olaria, Cachoeirinha

Sequer cidades, sequer vilas

Um barranco, uma capela, uma casa

Livramento, Caxambu de Cima,

Caxambu de Baixo, Água Doce.

O chamado persiste como as chuvas

Para que na primavera de sol

O passeio seja de domingo.

Cruzeiro, Curtume, Buracão.

Uma tropa de mulas, uma pinguela

Uma mata densa, teias de aranha,

uma cachoeira, uma escola.

Quem de lá vinha usava embornal,

Sapato de borracha se não podiam

Andar de pés descalços.

Mas a mente vai pelo vácuo, viaja pelo etéreo,

Descalça os caminhos.

No Complexo, Nos Freitas...

Uma fábrica de queijos, um carro-de-boi, um boi..

Mato Grosso, Sericícola.

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 28/12/2013
Código do texto: T4628133
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