AQUI JAZ
A espuma que me fabrica
É a ti que reunifica
A face dos teus pés
Não é aquela que ti despes
O amor que lhe padece
É aquele que nos fortalece
A sociedade que retifica
Não é aquela que nos lubrifica
O papel do teu teatro
É aquela feita por quatro
Essas mãos que lavam
São as mesmas que os calam
Esse corpo que a ti exala
São os mesmos que me galopa
Esses restos da sua roupa rasgada
São os mesmos que será naufragada
Essas monotomias que a ti menospreza
São os mesmos que relevam a grande tristeza
A grande tristeza de um ser indeterminante
Que a ti me parece insignificante
Uma tal pessoa fantasma
Que aparece no fundo do cais
Dizendo a mim ,a ti,a todos aqui jaz!