Realento
o orvalho se faz no tempo ameno...sereno
Relento, ele se propaga pelo campo
No rocio, se sela o começo, caminho
Direita esquerda, não importa...destino
Cruzados, ceifados, borrifados...orvalho
Gotas deslizam
Só-sse-Gado, caminha, tocando-os
matilha dispara! em festa, cantando
assobia, alerta, paieiro queimando
atravessa montanha, no frio, geAndo
sozinho, acalmado, trabalhando
Orvalho contempla
Num breve segundo o segundo cessa
Instante talvez, não existe mais pressa
E eles se olham, serenados!
Travesso orvalho, corre floresta
de manso e plácido, virou a avessa
olhou em seus olhos, fazendo seresta
irrequieto, irrigando, molhado
o tempo volta, zimbro acolhe
reforma, revira, revitaliza
...seu pranto...seu cheiro...zimbrou-se
Seguindo tocando, tocado galopa
Serenada alma, toca o berrante
O gado se agita, matilha, dispara
Seu coração:
Diz para, dispara, parou!
Confunde-se relva molhada
Testa molhada, testado?
O orvalho renasce seu pranto