Realento

o orvalho se faz no tempo ameno...sereno

Relento, ele se propaga pelo campo

No rocio, se sela o começo, caminho

Direita esquerda, não importa...destino

Cruzados, ceifados, borrifados...orvalho

Gotas deslizam

Só-sse-Gado, caminha, tocando-os

matilha dispara! em festa, cantando

assobia, alerta, paieiro queimando

atravessa montanha, no frio, geAndo

sozinho, acalmado, trabalhando

Orvalho contempla

Num breve segundo o segundo cessa

Instante talvez, não existe mais pressa

E eles se olham, serenados!

Travesso orvalho, corre floresta

de manso e plácido, virou a avessa

olhou em seus olhos, fazendo seresta

irrequieto, irrigando, molhado

o tempo volta, zimbro acolhe

reforma, revira, revitaliza

...seu pranto...seu cheiro...zimbrou-se

Seguindo tocando, tocado galopa

Serenada alma, toca o berrante

O gado se agita, matilha, dispara

Seu coração:

Diz para, dispara, parou!

Confunde-se relva molhada

Testa molhada, testado?

O orvalho renasce seu pranto

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 27/05/2013
Reeditado em 27/05/2013
Código do texto: T4311838
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