Em busca da palavra-perfeita
Buscava o guerreiro poeta
As sendas da palavra-perfeita
Com a espada ña mão direita
Em punho o arco e a seta
A espada era a verdade
A justiça e as honrarias
Viajava atroz os dias
E atingia quem tinha bondade
A seta era a coragem
A raça, a valentia
Se tinha medo, não o sentia
Silencioso ou selvagem
O arco era a amizade
Que atirava suas agulhas longe
Enquanto o poeta se esconde
Da sombra e da vaidade
A palavra-perfeita não sei
Não posso e nem conheço
Sua busca não tem preço
Seja para o poeta ou o rei
E a espada será rosa
A seta será o rimário
O arco, desnecessário
E a palavra-perfeita nossa
nossa
nossa
nossa