O HOMEM E O COLIBRI

colibri eu te vi

ziguezagueando no meu quintal

Em feliz vôo

vens para as flores que estão aqui

vens e vais e vens e vais...

quem me dera te seguir

ziguezagueando por aí

despreocupadamente

dá-me o segredo de viver assim

Perdoe-me se não tenho segredos para ti

Dize-me os teus colibri

Meus segredos te fazem mal

Os teus serão saúde para mim

Embora deitado nesta rede

Penso o passado, o presente e o porvir

Tu nada pensas meu amigo

E tens uma família para gerir

Tiveste a sorte de viver de flores

E de pairares podendo extrair

O doce néctar de suaves odores

Amigo, eu tenho inveja de ti

Uma dia desses fica comigo

Dá-me conselhos de colibri

Amigo, vede que não consigo

Viver a vida e poder sorrir