Sou uma tela viva!
Sou uma tela viva!
Única!
Colorida com a seiva da vida
Com movimentos alucinados,
por dedos sofridos e castigados!
A tinta que escorre
Macula a pele que me veste...
Laivos eternos!
Tocam-me como afagos
Amanhecendo-me!
Seduzida!
Pela fragrância da manhã
Pressinto um novo nascer...
Extasiada!
Pelos sussurros do amanhã
Poetizo um novo viver...
Sem sua ausência
Sem rimas de dor
Apenas versos de amor
Colorindo a nossa existência
Com sua sublime longura
Abraçados por uma nova moldura...
Pode ser o tempo uma eternidade
Ou uma inocente brevidade!
Unidos por um único traço
Seguiremos lado a lado...
Rumo ao clarão do sol
Acendendo a escuridão!
Valdirene Nogueira
27/10/2012