...Janelas...!

 

E se...
Amanhecendo o dia
Roubado das manhãs
...Quase eternas!
...Singelas de beleza!
...Robustas de espera!
 - Não passares mais
Debaixo das minhas janelas?


Como prosseguir...
...Sob  o sol escaldante,
...Sem quimeras de sombras
A amenizar o instante
Que pela última vez
Viu-te debaixo das minhas janelas?


E se...
Anoitecendo os dias
...Catados das sombras!
...Espreitados por minha alma
Chorosa de esperas,
Farta de assombro,
 - Não passares mais
Debaixo das minhas janelas?


Como prosseguir...
...Encoberta pela escuridão da noite,
...Sem nenhum sinal de alento
A consolar o momento
Que fugaz e cortante
Fechou minhas janelas?


E se...
Minha alma...
...Cheia de porquês!
...Ausente de silêncios!
De imensas janelas
...Ressentidas das manhãs!
...Ressecadas pelas sombras!
Na vã espera da eternidade,
Ensimesmada nos próprios aís,

Morrer debruçada
Na soleira da tua janela?

 

Liliane Prado
(Exercício Poético)


 


Leiam os doces poemas de MARCUS RIOS
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=104443


 

Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 07/06/2012
Reeditado em 14/05/2013
Código do texto: T3710058
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