Sobe á minha luz
Já faz algum tempo que não me olho
Hoje foi um dos dias que me pequei nostálgica,
Imaginando como deveria ser o que havia me tornado
Como deveria ser do dia em diante
Como uma neblina de verão,
E um temporal de outono
Pude perceber que me restava bem pouco,
Do que eu fui
Precisava ser um pouco menos sombria,
E mais corajosa não que eu não fosse muito,
Mas precisava de um patamar absoluto
Do qual pudesse olhar pra trás e me orgulhar,
Porque há sempre esperança de baixo da escuridão,
Há sempre uma luz pronta pra ser recarregada e brilhar
Ninguém sobrevive somente de trevas
De restos dos que jogam a vida fora,
Sabia que o meu momento era esse
Não pensando nos meus erros
No que abandonei por incapacidade de continuar,
De voltar ao seu principio
Por mim, e por mim
Precisava de uma força maior
Pois o corpo já estava ferido com o combate,
E precisava de um descanso merecido
Foi perceber que o fim,
Era onde deveria ter chegado
Que somente começando algo até se esgotar,
É que poderia resultar em uma conquista só minha.