Pouco ar

Dos piores os medos,

Fracassos presos na parede

Vidas que morreram ao poucos,

Destinos esses de poucos

O que seria viável aprender,

O que não se tem nada pra ver,

O que de pior ainda possa acontecer

Se o apático ainda diz meu nome

Não acho que sorri seja ideal,

Pelo menos no momento de agora,

Pelo menos não na minha aflição

No decorrer do desespero

Ainda que o vale de negro, bata

Ainda que os monstros pesem,

Por mais que dúvidas anseiem

Continuo a tentar,

Pelo menos ver e crer

Que os olhos podem ver

Que ainda faço o que se deve fazer,

Pelo menos abrir o peito pra viver.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 07/12/2011
Código do texto: T3376472
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