RECONHECENDO
Oh, linda e bela natureza!
É uma sedução ingênua a reinar,
O seu movimento simples e agradável,
Orquestrado em ritmo sem igual,
Dizendo-me tanto ao arrebol...
Nada tão ingênuo e igualável,
Paisagem arrebatadora de confiança,
Refresco para a alma impura que cansa,
E que, em teu seio se entrega e descansa.
Pobre de mim se a ti não reconhecesse,
Desceria ao abismo de ilusões falsas,
Mas em ti busco toda sabedoria,
Em teu seio purifico a minha alma.
Oh, vento, terra, água e fogo!
Necessidades grandes na vida,
Humana, nem sempre sei lidar!
Regida por ti Natureza infinita,
Se tiveres fim, o que de mim será?
No silêncio te busco então,
Quero contigo me harmonizar,
Há um mundo que não pertence a mim,
Não posso à minha natureza negar.