RECORDAÇÃO DE UM SERTANEJO

Ao findar a labuta diária

O horizonte engolia o sol

Mas a lua solidaria

Cotracenava com o arrebol

O crepúsculo decrescente

Que arrastava a escuridão

Apagava timidamente

Eliminando a solidão

A brisa carregava perfumes

Exalados pela flora silvestre

Miríades de vaga-lumes

Trafegavam de leste a oeste

Aos poucos a lua subia

Fazendo as sombras dançar

Vomitando candura e magia

Para a noite embelezar

No meio do bambuzal

Repousava os passarinhos

A esperar pelo amanhã

No aconchego de seus ninhos

No cerrado um urutau

Quebrava o silencio da noite

Camuflado num tronco de pau

Cenário de rara beleza

Aves de hábitos noturnas

Enfeitando a natureza

Esta paisaigem magnífica

Que a mão Deus criou

É o cenário que mais idenfica

O tempo que já passsou

É um sonho de utopia

Guardado na imaginação

Delírios de uma nostalgia

Vertendo estas saudades

Fluidas pela recordação...

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 08/07/2011
Reeditado em 13/07/2011
Código do texto: T3083145
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