RECORDAÇÃO DE UM SERTANEJO
Ao findar a labuta diária
O horizonte engolia o sol
Mas a lua solidaria
Cotracenava com o arrebol
O crepúsculo decrescente
Que arrastava a escuridão
Apagava timidamente
Eliminando a solidão
A brisa carregava perfumes
Exalados pela flora silvestre
Miríades de vaga-lumes
Trafegavam de leste a oeste
Aos poucos a lua subia
Fazendo as sombras dançar
Vomitando candura e magia
Para a noite embelezar
No meio do bambuzal
Repousava os passarinhos
A esperar pelo amanhã
No aconchego de seus ninhos
No cerrado um urutau
Quebrava o silencio da noite
Camuflado num tronco de pau
Cenário de rara beleza
Aves de hábitos noturnas
Enfeitando a natureza
Esta paisaigem magnífica
Que a mão Deus criou
É o cenário que mais idenfica
O tempo que já passsou
É um sonho de utopia
Guardado na imaginação
Delírios de uma nostalgia
Vertendo estas saudades
Fluidas pela recordação...