Imagem de Alex Uchôa. Barro Preto.


Crepúsculo...


Se vai o dia esmaecendo nos braços do ocaso

que chega enternecido periclitando a agonia

na solicitude do oitante, dormitando em meu raso

acirrados sentires que orvalham sem compania.


No olhar que andeja, nas ruas do cismar libado,

Ajuízam a insanidade, poemas que contra si depõe

o penar delírios. A pena chora no papel esboçado

um tosco verso, sem cor sem aroma, assim compõe...


Nublado dia! Sem que o sol aflorasse na alvorada

Insone, trucidando sonhos. O mitigar versado na canção

Indigente, a noite propalando a lua aqui confrontada

pranteando a mente, afogando que sente a emoção...


Diz a melancolia gritante, sem se não a madrugada

Quiçá um novo dia, arestas sem dores a redenção.

Na clausura do feito, desacorrentando adereçada

em elos rescindidos, na túrgida manha dum coração!


“A Poetisa dos Ventos”

Deth Haak

29/8/2004



Dedico a : SPVA-RN. Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN
Poesia premiada no Primeiro concurso Literário do curso de Direito na Faculdade Câmara Cascudo RN. No dia 14 de novembro de 2006





Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 29/11/2006
Reeditado em 29/11/2006
Código do texto: T304904