Sinais

Estes sinais de vida que insistem em me atormentar

Que não entendem o passar do tempo

Que clamam, exigem e permeiam

E não sentem o tempo passar

Esse descompasso entre vontade e ato

Não sincronizam nunca

Não cedem ao laço

Não têm como ver os rastros de sua bagunça

Com esse anacronismo da consciência

Que retardou o que pode com sua indolência

Que enganou feliz em sua inocência

Algoz ingênuo de boa intensão

Jamais enxergou as adjacências

Tardios e vazios tal como ocorre em outros desvãos