DIVAGANDO QUANDO MORRER

DIVAGANDO QUANDO MORRER

Mor

Morrer é um ato corriqueiro

Por esse mundo inteiro.

Ninguém programa sua morte

A não ser aquele que se suicida.

Vivo anunciando a morte

Até parece um calote.

Enterrado ou cremado

Qual seria sua sorte.

Temos muitos tipos de morte

Tudo vai depender da sorte.

Lá lugar errado na hora certa

Seria a morte mais concreta.

Na cama esperam a morte

Com paz, com passaporte.

Numa longa espera do dia

Em que a partida se daria.

A morte como mentira

É isso que me inspira.

Morrer pode morrer

Vai morrer sem querer.

Nunca me defrontei

Com tamanha inspiração.

De uma grande razão

Essa morte que aceitei.

Morrer até por deleite

Num momento tão heróico.

Assustando o utópico

Até com belo enfeite.

São José/SC, 18 de outubro de 2.006.

morja@intergate.com.br

www.mario.poetasadvogados.com.br

Asor
Enviado por Asor em 18/10/2006
Código do texto: T267633