SAUDADE
Vai chegando tão meiga,
Que de mansinho invade o peito
Como quem não quer chegar.
Alojar-se sem pedir, como faz o vento.
E vai aumentando sem se ver,
Saudade... É brisa, dor doida.
Lição de vida... D'amor.
Inspiradora dos trovadores amantes,
Companheira de uma inteira vida.
Pra que te quero presente
Na minha infância perdida
Do amor já ido, das ausências.
Uma presença inexistida
Uma lembrança salteadora,
Tempo que se foi, lição de vida...
Companheira das carências
Quadrilheira, preleção bandida.
Amiga fingida, que faz doer!
Ah! Saudade...
(releitura de um poema...
SAUDADES - autor desconhecido)