Louca Borboleta
Numa noite, a louca,
sob o céu enevoado,
teve beijada sua boca
e su'alma emprenhada de estrêlas.
Finalmente, sem mais qualquer lucidez,
pode deixar-se sentir, sem mêdo ou timidez.
O casulo se rompia
com volupia e rapidez
suas asas libertadas
refulgiam neblinadas.
Tão escuro, nada via!
Mas, tão intensa vibrava!
Ah! loucura, que divina!
Ah! sua pele molhada!
Nascia vermelha a borboleta
que a alma humana abrigava...
Helena de Santa Rosa
Niterói, 01 de outubro de 2010
11:53