Louca Borboleta

Numa noite, a louca,

sob o céu enevoado,

teve beijada sua boca

e su'alma emprenhada de estrêlas.

Finalmente, sem mais qualquer lucidez,

pode deixar-se sentir, sem mêdo ou timidez.

O casulo se rompia

com volupia e rapidez

suas asas libertadas

refulgiam neblinadas.

Tão escuro, nada via!

Mas, tão intensa vibrava!

Ah! loucura, que divina!

Ah! sua pele molhada!

Nascia vermelha a borboleta

que a alma humana abrigava...

Helena de Santa Rosa

Niterói, 01 de outubro de 2010

11:53

Helena de Santa Rosa
Enviado por Helena de Santa Rosa em 01/10/2010
Código do texto: T2531597
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.