cinzas
Vou do iapoqui ao Chuí
Viajando pelos trilhos da solidão,
O meu combustível é a lenha
Que aquece meu coração.
Enegrecem meus poros nulos
Pingando neste embargo incolor,
Acelerando minhas linhas de lírios,
Com esta força inabalada do criador.
Vejo as telas de Portinari
E às aprecio com minha alma,
Observando seu tracejado,
Pois seus contrastes de cores
Acende este fogo enérgico,
Que simplesmente me acalma.
Suas corredeiras engavetam
Nas pedras douradas de suas cinzas,
Pois apimentam as náuseas clonadas,
Que espantam o seu desato contrato
Diante deste deserto imaculado,
E totalmente inalterado.
Balanços de crianças que desenham
A sua alegria nas gangorras,
De um parque invisível..
Esbravecendo neste mundo
Este contágio trigonométrico,
E absolutamente enaltecido.