cinzas

Vou do iapoqui ao Chuí

Viajando pelos trilhos da solidão,

O meu combustível é a lenha

Que aquece meu coração.

Enegrecem meus poros nulos

Pingando neste embargo incolor,

Acelerando minhas linhas de lírios,

Com esta força inabalada do criador.

Vejo as telas de Portinari

E às aprecio com minha alma,

Observando seu tracejado,

Pois seus contrastes de cores

Acende este fogo enérgico,

Que simplesmente me acalma.

Suas corredeiras engavetam

Nas pedras douradas de suas cinzas,

Pois apimentam as náuseas clonadas,

Que espantam o seu desato contrato

Diante deste deserto imaculado,

E totalmente inalterado.

Balanços de crianças que desenham

A sua alegria nas gangorras,

De um parque invisível..

Esbravecendo neste mundo

Este contágio trigonométrico,

E absolutamente enaltecido.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 24/09/2010
Reeditado em 01/01/2011
Código do texto: T2517491
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