Costa Verde, uma pintura
É maravilhoso quando venho descendo pela Costa Verde
E posso não só ver como sentir a magnitude da Criação de Deus:
A Ilha Grande imponente ao fundo
Os rios límpidos desagüando no mar
O mar cor de esmeralda se estendendo qual verde lençol
Até onde a vista pode alcançar
Cachoeiras escorrendo pelas montanhas
Lindas florzinhas rosas margeando a estrada
(Os passarinhos que as plantaram lá)
O capim bailando ao vento como se algo dissesse para quem passar
As árvores se debruçando sobre a estrada
Os bambus fazendo arcos que sombreiam o caminho
O mar sussurra...Ele tem tanto pra contar...
Desde o tempo da criação
Quando o “Espírito de Deus pairava sobre as águas”
Fecho os olhos
E ao som dessa melodia de notas que só a Natureza sabe entoar
Respirando o ar puro, o cheiro do mato
Que me suavizam os pulmões do negrume da cidade
Penso: - Oh, que liberdade!
Seria se eu fosse pássaro e pudesse voar
Por entre as árvores que falam com o vento...vuu vuu vuu vuu
Se eu fosse peixe e pudesse nadar
Na espuma fresca das cachoeiras por entre os pitus
Meu Deus, que orquestra...
E ainda me resta, te agradecer por enxergar
Por tudo isso eu desfrutar...
É pena que os homens ainda
Te ponham só na berlinda como culpado por seus fracassos
Ao invés de observar ao redor o espaço
As belezas que tu fizeste, abrem suas bocas a vociferar
Então, apenas eu me regalo
Com a beleza que vejo, e calo
E te dou aplausos
Por esta pintura ao céu aberto
Mistura do belo, com o mágico
Ao que é certo
Nos deste a honra de nos presentear