A FÚRIA DO VENTO

Vento rebelde não sabe de onde vem,

Leva tudo pela frente, quanta força tem,

Balança as árvores e quebra os galhos,

Sopra tão forte as casas e retira telhados.

Vai, sopra além das montanhas,

Até as aves fogem de ti,

Os pensamentos divagam, vão além,

Perdem-se com o barulho dos galopes.

Vento impetuoso arrasta meus pensamentos,

Rouba para si toda atenção e faz-se glorioso,

Faz-se temido, torna-se rei valente,

Quem ousaria desafiar um vendaval rigoroso?

Ouve-se o canto dos bambuzais,

Os gritos finos da taquara,

Ele na sua fúria tudo estraçalha,

Enverga, torce e quebra na batalha.

NATIVA
Enviado por NATIVA em 22/05/2010
Reeditado em 22/05/2010
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