A FÚRIA DO VENTO
Vento rebelde não sabe de onde vem,
Leva tudo pela frente, quanta força tem,
Balança as árvores e quebra os galhos,
Sopra tão forte as casas e retira telhados.
Vai, sopra além das montanhas,
Até as aves fogem de ti,
Os pensamentos divagam, vão além,
Perdem-se com o barulho dos galopes.
Vento impetuoso arrasta meus pensamentos,
Rouba para si toda atenção e faz-se glorioso,
Faz-se temido, torna-se rei valente,
Quem ousaria desafiar um vendaval rigoroso?
Ouve-se o canto dos bambuzais,
Os gritos finos da taquara,
Ele na sua fúria tudo estraçalha,
Enverga, torce e quebra na batalha.