sempre

Nada é tão obscuro quanto o véu da noite

Que apaga a luz da aurora,

Devagar, inesperadamente sem demora.

E tão volumoso é o seu manto

Que encobre a minha memória.

Desnuda em segundos a minha alma

Das verdades que guardei... Onde estão agora?

Faz de mim sua mensageira

Sua próxima sorrateira.

E me encobre por inteira

Em sua sombra manjedoura.

Leva-me contigo por toda atmosfera

Para que eu então soberba,

No alto do manto aquecido

Esteja sempre contigo,

Presa.

Amarrada no limo

Do amor que te guarnece inteira

E propícia a todos os seres vivos

A esperança

De se tornar a vê-la.

Sempre

Ka Risse
Enviado por Ka Risse em 03/02/2010
Código do texto: T2066998
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