sempre
Nada é tão obscuro quanto o véu da noite
Que apaga a luz da aurora,
Devagar, inesperadamente sem demora.
E tão volumoso é o seu manto
Que encobre a minha memória.
Desnuda em segundos a minha alma
Das verdades que guardei... Onde estão agora?
Faz de mim sua mensageira
Sua próxima sorrateira.
E me encobre por inteira
Em sua sombra manjedoura.
Leva-me contigo por toda atmosfera
Para que eu então soberba,
No alto do manto aquecido
Esteja sempre contigo,
Presa.
Amarrada no limo
Do amor que te guarnece inteira
E propícia a todos os seres vivos
A esperança
De se tornar a vê-la.
Sempre