Rio Sorgue

A mão imensa do céu mergulhou,

remexeu do espaço etéreo alto

ao colo deste rio que s'apressou

e águas dividiu em divino canto!

Ao centro a relva abre passagem,

encharcando seu verde perolado,

êxtase aos olhos meus, miragem

pendurada no azulão abençoado!

O vento a inclinou sobre o ar;

não dorme,apenas ouve o melodiar

d’estranho Mistério,a árvore torta

a fazer-me sorver toda a imaginação

chovida no borbulhar doce,que brota

o suspiro em murmurante gratidão!

"recordando férias na França"

Santos-SP-27/06/2006

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 27/06/2006
Código do texto: T183084