CASINHOLA NA RIBEIRA
Casinha de pau a pique,telhas cumbucas,
Porta de madeiras roliças.
Lugar sombrio na beira do rio,
Fogão a lenha,panela de ferro,
Cozinha coberta de picumã.
Morada encravada no meio do mato,
Luz, somente da candeia,
Feita de barro, de forma artesanal.
Pavios de algodão, trançadas à mão,
Alimentados por azeite, feito de mamona.
As roupas eram ali mesmo confeccionadas,
Primeiro plantio e colheita de algodão,
Depois o preparo:usavam carda e roda,
Instrumentos de doação.
Agora era a vez do tear,
É lançadeira que vai e vém.
Usavam como alimentos,
Tudo que na boa terrinha, produziam.
No pilão, tiravam o pó do café,
Torrados ali mesmo, com um tremendo ritual,
Já na rebaixa preparavam, farinha e rapadura,
E para complemento...
No lombo do cavalo ou no carro de boi,
Iam na cidade, berganhar alimentos.
Lá na vendinha, faziam as suas catiras,
No açougue,compravam alguns ributaios,
Depois voltavam pra roça, praquela vidinha,
Fincada no meio do mato,
Com fogo aceso à noite na sala,
Pra clarear a casa e espantar os bichos,
Ou para aquecer no frio.
É assim a vida lá no sertão,
Casinha simples na beira do rio.
* Poema publicado no livro POETAS EN/CENA 3, Lançado em 2009, no V BELO POÉTICO- Em Belo Horizonte M.G.
imagem:foto da casa de minha vó, inspiradora do poema-tirada em 21/04/2010.
Casinha de pau a pique,telhas cumbucas,
Porta de madeiras roliças.
Lugar sombrio na beira do rio,
Fogão a lenha,panela de ferro,
Cozinha coberta de picumã.
Morada encravada no meio do mato,
Luz, somente da candeia,
Feita de barro, de forma artesanal.
Pavios de algodão, trançadas à mão,
Alimentados por azeite, feito de mamona.
As roupas eram ali mesmo confeccionadas,
Primeiro plantio e colheita de algodão,
Depois o preparo:usavam carda e roda,
Instrumentos de doação.
Agora era a vez do tear,
É lançadeira que vai e vém.
Usavam como alimentos,
Tudo que na boa terrinha, produziam.
No pilão, tiravam o pó do café,
Torrados ali mesmo, com um tremendo ritual,
Já na rebaixa preparavam, farinha e rapadura,
E para complemento...
No lombo do cavalo ou no carro de boi,
Iam na cidade, berganhar alimentos.
Lá na vendinha, faziam as suas catiras,
No açougue,compravam alguns ributaios,
Depois voltavam pra roça, praquela vidinha,
Fincada no meio do mato,
Com fogo aceso à noite na sala,
Pra clarear a casa e espantar os bichos,
Ou para aquecer no frio.
É assim a vida lá no sertão,
Casinha simples na beira do rio.
* Poema publicado no livro POETAS EN/CENA 3, Lançado em 2009, no V BELO POÉTICO- Em Belo Horizonte M.G.
imagem:foto da casa de minha vó, inspiradora do poema-tirada em 21/04/2010.