Triste Galgar Serrano

O amanhecer na serra

Teto metálico que reflete

Pura luz branca

E cada pêlo espectador

Que isto fita se levanta.

Por mais são as cores das árvores

Que borram de tal passar ligeiro.

Assim o coletivo leva, com gosto,

Cada passageiro.

E estes mesmos passageiros

Vêem das janelas visionárias

O sonho de quem deles fala

Em verdades apenas literárias.

Do amanhecer na serra ainda molhada,

Ao orvalho que condensa no vidro

O bafejar de bocas secas

(Frio de cansaço diluído)

O amanhecer na serrania

De onde vivo cá em baixo,

É com sorte que nem sempre vejo.

Tenho esta sorte sim:

É menos um deslumbramento sertanejo.

Eduardo F F de Abreu
Enviado por Eduardo F F de Abreu em 27/06/2009
Reeditado em 16/09/2015
Código do texto: T1670732
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