CORRIDA DE PATOS
A planície no Farol de São Tomé*
Alisa o ego e arrasta todo o ar refrigerado natural...
Brota de uma terra úmida de um inverno quente
E a minha mente aloja no inconsciente;
A metáfora em um registro de imagem que tento escrever e não consigo
Esforço-me e não consigo
A planície do Farol refresca meus olhos
Um colírio chamado sereno do arrebol
Clareia meus pulmões lançando na minha alma a beleza lúcida do amanhecer
Corrida de patos
Ao longe percebi que não houve vencedor
Distraí-me com o bucolismo consolidado do lugarejo
Frango d’água, piaçoca, garça, tilápia, voo cego dos mosquitos
Cão e cadela, ganso, carneiros tosados, vacas, bois e bezerros diagonais
Tudo em harmonia. Conversei um pouco sobre o lugarejo
Fotos soltas uma vista infinita pairava
Se um dia esquecer algo o inusitado ficará, para sempre em minha mente
A corrida de patos
A imponência dos patos
A frenagem dos patos
Não houve vencedor
Na corrida de patos
Farol* praia do Farol de São Tomé, litoral norte cidade de Campos dos Goytacazes.
Moisés Cklein.