Frescor das relvas
A vida descostura os seculares planos
que da humanidade levaram tantos anos,
toda uma vida será pouco a recosturar
os vãos indiscretos incidindo no mar,
que reflete a partid’em vez de chegada,
ao rebanho resta esperar que a estrada
torça suas curvas descendo a banguela,
quem sabe brilhe outra vez a estrela!
Nesse tece e destece de linha e agulha,
tod’o rebanh’ou a terra vira a cabeça,
cavidad’em convexo’azar em esperança
Deus abrindo asas os prantos espalha!
Se olharmos em posições dissemelhantes,
toda a paisagem juncará floradas novas,
energia sobre comiserações irrelevantes,
à miragem do sonho frescor das relvas!
Grenoble-Fr-26/05/2006