quando menina

Menininha tímida

quase mocinha da roça

ainda ontem se escondia

de qualquer pessoa que a via

meio índia desbotada,

dos olhinhos amedrontados

longos e lisinhos os negros cabelos

meio sorriso, ainda pouco permitido

tanto medo de se abrir, pequeno caramujo

das poucas palavras, dos olhares oblíquos

da força que nem cabia em um tico, franzina

na coragem dos moleques de rua, cismados

as estrelas, suas cúmplices, os sonhos iluminavam

seus olhos sempre atraídos, que meio corpo já voava

viagens longas em tantas terras e histórias. percorria

toda ida sempre envolvida, pelo quadrante de sua janela

já os suspiros não eram mais só euforia, doídos

os brilhos nos olhos ganhavam umidade, escorriam

outros “heróis” invadiam suas histórias, faceiros

coração que batia descompassado, calor estorvado

as saias encurtavam......a menina crescia....

m.raposo*

UmaMonalisa
Enviado por UmaMonalisa em 29/04/2009
Código do texto: T1566200
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