A viagem
Enfeita os campos
Raios dourados
Flamejante realeza
Ensolarado.
Conduz aos ouvidos
Da viajante,
O som que ronca
Do útero da terra.
Sucumbe em desvario
As vozes da mata,
Um forte clamor
De celestial beleza.
Reflexos cintilam
No vidro da janela
Gravam nos olhos
As plumas esverdeadas
Das maritacas
Voam em bandos
Em algazarras
Roucas, fala louca
Sem escrúpulos,
Sem sentido,
Mas, elas entendem
O que diz uma á outra
São maritacas.
Ainda não falo
A língua das maritacas.
Mas, já estou aprendendo!